- "Com um rali destes, terminar já é bom" - estas palavras ditas por alguém bem conhecedor deste rali, fizeram-nos marcar um ritmo "certinho" e sem grandes euforias. O objectivo principal era, sem sombra de dúvida, terminar a prova no melhor lugar possível, até porque todos os pontos que se puderem amealhar são importantes na hora de fazer as contas num campeonato tão disputado.
- A dureza dos troços fez-se sentir logo nos reconhecimentos quando a viatura em que andávamos começou a apresentar alguns problemas. Além da dureza tínhamos troços muito técnicos com zonas onde a experiência faria concerteza a diferença. Na nossa equipa houve várias alterações, carro novo(11-16-DV) ainda por afinar, mecânico novo (Fernando Soares) e até navegador novo(Pedro Lopes).
- Como vem sendo habitual, a minha 1ªPE nunca corre muito bem, e Murça não foi excepção. À falta de ritmo aliou-se também algum desconhecimento do terreno e uma nova adaptação ao Pedro Lopes, que apesar de tudo o que nos foi acontecendo cumpriu muito bem o seu papel. Nesta 1ªPE ficámos logo muito longe dos lugares da frente, com um pião ainda no início do troço, a complicar-nos ainda mais as contas.
- A 2ªPE foi neutralizada devido ao acidente do Manuel Coutinho, um dos grandes animadores do Open.
- Para finalizar a parte da manhã, apenas nos restava a realização da 3ªPE que nos correu bem até ao momento em que o pneu traseiro esquerdo cedeu à dureza do piso, fazendo perder mais uns preciosos segundos. Com apenas duas PE's disputadas o carro já mostrava alguns sinais de pequenas grandes fraquezas. A direcção e a suspensão já não estavam a corresponder tão bem como inicialmente. No entanto, ainda tínhamos mais 3 PE's, para tentar atenuar a diferença para os outros.
- Na 4ªPE, retirámos cerca de 11 segundos ao tempo da manhã e ainda conseguimos ganhar algum tempo ao 6º classificado (Ricardo), mas quando terminámos a ligação para a 5ª PE, verifcámos que a roda da frente do lado esquerdo estava com um furo lento.
- O 5º troço era o mais longo do rali e trouxe-me mais uma novidade, o cansaço. Nunca tinha sentido tanta dificuldade em levar o Marbella até ao fim e com cada vez mais dificuldades ao nível da direcção e da suspensão da frente. Ainda assim, e para nosso espanto, quando finalizámos a ligação para a última PE, fomos informados que 2 colegas do troféu (Orlando e Cristiano) tinham abandonado e o Óscar estava com problemas de motor. Além de tudo isso tínhamos ultrapassado o Ricardo e já estávamos em 3º no rali.
- Claro que o objectivo para o último troço era não errar, mas quando menos esperávamos, aconteceu mais um imprevisto que nos roubou um pódio quase certo. Após o despiste do Manuel Martins, um comissário muito voluntarioso, ficou a avisar os próximos concorrentes numa curva antes do local onde estava o carro, só que não havia necessiade de tanto alarido, pois com tanto esbracejar do Sr. vi-me obrigado a desviar a minha trajectória e batemos numa pedra grande junto à berma. O resultado disto foi tão só e apenas mais um furo, só que desta vez ainda no início da PE e na roda da frente do lado direito. Perdemos mais 2 minutos e meio com esta "brincadeira" e também o 3º lugar no troféu.
- A organização do Troféu Fastbravo, atiribui-nos o 3º lugar posteriormente, devido a um problema com a licença desportiva do vencedor, facto que originou a subida de 1 lugar a todos os concorrentes.
- Ainda assim, considero que esta passagem por Murça foi positiva, pois saímos de lá com o 3º lugar na geral do Troféu.
- Até Loulé!
Sem comentários:
Enviar um comentário